A cidade de Urbano Santos é cortada por dois rios: Boa Hora e Mocambo. A situação atual desses rios constitui um paradoxo quando comparada ao que contam os mais velhos a respeito dos mesmos. Antes, rios cheios e com suas margens repletas de vegetação. Hoje, rios quase secos e sem mata ciliar.
Isso se deve ao lixo, entulho, detritos, terra e areia cumulados no rio pela ação dos próprios urbanossantenses e da natureza, o que constitui o assoreamento. A destruição das matas ciliares, técnicas agrícolas inadequadas, a ocupação de áreas de terrenos próximos aos rios e a retirada de areia pelos carroceiros são as causas principais.
Lamentavelmente os rios vão suportando cada vez menos água; a profundidade é reduzida e o fim é trágico: a morte destes. Tudo isso afeta o clima do município, pois interfere no ciclo natural da água. O resultado é um clima cada vez mais quente.
Somente será possível transformar essa realidade quando a população urbanossantense conscientizar-se que os nossos rios não são depósitos de lixo e, junto ao governo municipal mobilizar-se na realização de projetos de manutenção dos mesmos. Assim, poderá haver o desassoreamento, a evasão aumentará e outra vez nossos rios terão vida.
Suzana Bezerra Viana
Letras - UFMA
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